terça-feira, 28 de agosto de 2012

A dura percepção de que você não controla nada. Nem a sua própria vida, que  você tanto quis controlar, comandar, guiar desde que se conhece por gente. Aos 14 eu vou fazer isso, aquilo e mais aquilo lá e vou ser isso, fazendo aquilo e morando ali. Eu vou ser boa, ter tudo. Não vou precisar de ninguém e essa vai ser minha vida. Isso. Ponto. E esse controle vai se esvaindo aos poucos, porque foi tudinho planejado. Tudinho. Mas faltaram os sentimentos. Oh, subjetividade (blah). Aí no meio do caminho, de repente, fazer o planejado dói, incomoda, machuca, banha em lágrimas, porque o sentimento quer outra coisa. Que coisa? Sei lá, mas não é o planejado. E agora, José? O que fazer da vida, do universo e tudo mais, se  não o planejado? Controla o sentimento? E se não der pra controlar o sentimento? E se de repente ele tomar conta de mim e me sufocar e  tapar a garganta e os olhos ficarem turvos e aí? Sei lá, né. Aí de repente você precisa de alguém, um alguém, e precisa menos de outro alguém e de outra coisa e você quer mais uma coisa do que aquela e aí? Pra onde foi o controle de tudo e da vida e do futuro e de mim? O futuro! Ele precisa de controle! Não é? Hum...Aí você faz inglês, espanhol, frânces, dança, pintura, curso de extensão, pesquisa, pesquisa, grupo, aula, aula, direção, estudo disso, estudo daquilo etc etc pra ter tudo, pra ser boa e tudo que você quer é parar um minuto. Só parar e descobrir você, por você. Quem é você, quem foi você, do que você gosta todo esse tempo. O que você quer afinal? Fora o controle. Aos 21 eu não...sei. Eu não...sou. E aí? Sei lá, né.

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